Desde os anos 90, o atendimento domiciliar vem ganhando espaço nas condutas terapêuticas. Isso porque, diminui os custos de se manter um paciente no ambiente hospitalar, bem como oferece a esse uma melhor qualidade de vida.
Antes de adentrarmos ao assunto desse post, explicaremos o que é essa prática. Atendimento domiciliar é o suporte terapêutico realizado no domicílio do paciente. Nesses serviços estão inseridos desde cuidados pessoais, como higiene íntima, alimentação, cuidados com medicação, até nutrição enteral, diálise, quimioterapia, dentre outros.
Assim, por o profissional estar inserido no domicílio do paciente o contato com a família é quase inevitável. Por isso, saber lidar com essa realidade faz a diferença no tratamento em questão.
Dessa forma, separamos algumas dicas para que você, profissional da saúde, se relacione melhor com o paciente e com seus familiares no home care.
Escuta ativa
A escuta ativa é uma técnica muito utilizada na psicologia. Com ela é possível estabelecer um melhor e mais eficiente diálogo com os familiares do paciente.
Para exercer essa técnica basta o profissional demonstrar interesse genuíno na fala do familiar, ou do paciente. Ao estabelecer um vínculo com o interlocutor, é possível entender com profundidade o que ele está dizendo e até o que ele não está.
Por isso, desenvolver uma escuta ativa pode fazer com que o profissional entenda as angústias, dúvidas e anseios dos familiares do paciente que está passando por um momento delicado de saúde e está realizando o tratamento em casa.
Atendimento domiciliar humanizado
A humanização está cada vez mais presente no dia-a-dia dos profissionais da saúde. Isso porque busca-se atender todas as necessidades do paciente, não apenas biológica, mas também psíquica.
O atendimento humanizado compreende em acolher o paciente e seus familiares e dar-lhes o respaldo necessário nesse momento delicado. Por vezes, esse respaldo pode ultrapassar o cuidado físico do paciente, sendo importante demonstrar cuidado, carinho e atenção ao paciente e seus familiares. Conversar com os indivíduos que estão inseridos no ambiente da doença faz a diferença para que o dia dessas pessoas se torne melhor.
Análise do ambiente familiar
Ao realizar um atendimento domiciliar, é importante analisar a realidade daquele ambiente. Muitas vezes, as pessoas não sabem como lidar quando um familiar está tratando de uma doença em casa. Por isso, o profissional da saúde, precisa orientar, aconselhar e demonstrar o caminho a se seguir nesse momento difícil.
Explicar os papéis de cada familiar e estabelecer suas obrigações com o paciente, faz com que o convívio no ambiente se torne melhor e mais fácil de lidar.
Relacionamento com a família
Como já foi dito, os pacientes necessitam mais do que o cuidado terapêutico físico. Muitos precisam de acolhimento e apoio. Por isso estabelecer um relacionamento com a família do paciente faz com que ele se sinta acolhido e garante o suporte que ele precisa para se recuperar.
Ademais, os familiares também acabam precisando de acolhimento, porque estão passando por um momento complicado ao perceber o familiar doente. Ao se relacionar com a família do paciente, as condutas terapêuticas se tornam mais fáceis, pois os familiares passarão a confiar no profissional e também na importância do tratamento que será realizado.
O atendimento domiciliar garante ao paciente uma melhor qualidade de vida e bem-estar. Estar rodeado das pessoas importantes à ele e estar inserido em um ambiente familiar traz importante melhora em seu quadro de saúde, não só físico como psíquico. Isso, aliado ao atendimento humanizado do profissional da saúde, garante que esse momento difícil seja superado de forma melhor.
Se você é profissional da saúde que faz esse tipo de atendimento, conheça nosso Curso de Extensão na Parentalidade. Nele abordamos aspectos práticos e teóricos a respeito da parentalidade. Ou seja, preparamos o profissional da saúde para cuidar melhor de seus pacientes e seus familiares.
