Mas, afinal de contas, o que é Parentalidade?

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Escola da Parentalidade

Em resumo, entende-se por Parentalidade o conjunto de valores e tarefas envolvidos na criação de uma criança.
Ela pode ser exercida por mães e pais, mas também por avós, padrasto, madrasta, tios, cuidadores – a depender da configuração familiar, os quais possuem a responsabilidade por esse ser, especialmente no início do seu desenvolvimento.

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Acolhendo a família

A chegada de um bebê (ou mais) no seio familiar gera transformações na vida de todos a seu redor, de intensidades variáveis, mas seu impacto é indiscutível.
Dessa forma, é preciso preparar e acolher essa família que irá receber a criança para favorecer o ambiente saudável na vida de todos, não só do bebê. 
A mãe em particular merece um olhar especial, pois além de seu papel fundamental, é uma mulher que passa por transformações hormonais, corporais e psíquicas importantes e se torna um ser quase invisível quando o filho nasce, pois todos os olhares, anteriormente voltados para ela, passam a se virar para o recém-nascido.

E é justamente nessa fase que essa mãe mais precisa de cuidados, à medida que passa pelo luto da barriga, do bebê ideal, bem como pelas dores pós-parto, na amamentação, entre vários outros percalços.
Esse período puerperal pode gerar sentimentos de angústia, arrependimento, culpa, dentre outros que, se não tratados por um profissional qualificado, podem culminar em depressão, ansiedade ou estresse pós-parto, e outros transtornos emocionais que a prevenção poderia evitar ou atenuar.

Profissionais da Parentalidade

Profissionais da Perinatalidade e Parentalidade qualificados são de extrema importância na vida de uma família nesse novo momento, mas, mais relevante do que isso, é entender que  trabalhar com mães e pais (e os demais) é trabalhar com sensibilidade à flor da pele, trabalhar com seres que podem estar a dias sem dormir, é trabalhar com expectativas, idealizações e realidade. É trabalhar com a intensidade.

O manejo da Perinatalidade e Parentalidade pede profissionais com embasamento teórico, com preparo qualificado, mas também, pede gente, outro ser humano que, tendo vivenciado essa experiência na pele (a maioria) ou não, saiba que tentativas, gestações e puerpérios são sempre no plural. Assim como as maternidade, paternidade e avosidade.
Mas em meio às pluralidades, tem aspectos que nos aproxima, que nos identificam, por isso, os grupos podem ser facilitadores para viver essa experiência de forma mais leve.
A sensação de “Olha, então não sou só eu que sinto isso!” é libertadora. 

E, é aí que vem a necessidade do conhecimento, da técnica, da teoria. Não só para aprender a diferença entre aborto e óbito fetal, entre depressão pós-parto e baby blues, mas para sensibilizar, para lembrarmos que lá não há só um prontuário, há uma mãe, um pai, um tio, alguém que está vivenciando transformações em seu maior significado.
O pré-parto, parto e pós-parto chegam permeados de vivências enriquecedoras e transformadoras e o profissional desta área pode contribuir para uma experiência mais humana e inesquecível.

Débora Cabral Carmona
Psicóloga – CRP 06/124451
Aluna da EPP

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