3 Passos para organizar as suas mídias sociais para conversar com gestantes

falando com gestantes de maneira eficaz nas redes
Escola da Parentalidade

Entenda a importância das redes de apoio e da psicoeducação para gestantes e saiba como se comunicar e atuar como profissional da parentalidade nos meios digitais. 

Rede de apoio e psicoeducação à mulher gestante

A gestação é um período de muitas mudanças no desenvolvimento físico e psicológico da mulher, o que coloca a sua saúde mental sempre à prova. 

Se adaptar a tais mudanças internas e externas pode gerar vulnerabilidade, mas essa pode ser uma oportunidade de aprendizagem pessoal, tão importante para a preparação ao parto e, consequentemente, na construção da maternidade.  

Para que esse processo seja conduzido de forma agradável e prazerosa, é preciso utilizar o recurso da psicoeducação. Essa é uma técnica de caráter pedagógico e psicoterápico que pode ser desenvolvida pelo psicólogo e outros profissionais como ferramenta de aprendizagem individual para a gestante.

Dessa forma, a mulher estará mais preparada emocional e mentalmente para lidar com as adversidades que pode enfrentar durante a gestação, o parto e a maternidade. 

Mas também é necessário que a gestante tenha uma rede de apoio emocional significativa para lidar com seus desafios pessoais.

Existem estudos que comprovaram que uma rede social significativa no processo geracional é muito benéfica para a saúde e bem-estar da mulher. Esse apoio também pode proporcionar uma melhor integração social e facilitar as relações interpessoais da gestante com seus familiares.

Além disso, tal acolhimento também é importante para o recém-nascido, pois essa relação fortifica o vínculo mãe-bebê, evitando possíveis problemas no desenvolvimento social e emocional da criança durante seu crescimento.

Gravidez e as mídias sociais

Assim como na vida real, a gestante também pode buscar apoio de forma online. Essa é uma forma de contextualizar e compartilhar suas experiências, além de criar ou acessar uma rede significativa de apoio nos meios digitais.

Nesse sentido, o uso das mídias sociais e da internet como um todo também serve como um suporte de informações e esclarecimentos de dúvidas durante a gestação. 

Por outro lado, é possível que essa busca por referências e conhecimento online se torne um problema, do ponto de vista psicológico. 

Isso acontece porque o conteúdo que circula digitalmente nem sempre coincide com a realidade em que a mulher está inserida e esse contraste pode gerar uma falsa expectativa, aumentando os níveis de ansiedade e estresse na gestante.

Conteúdo profissional online direcionado às gestantes

Para solucionar a questão e atender essa uma possível demanda, os profissionais da parentalidade podem se inserir no meio digital para acolher as gestantes.

Um dos maiores benefícios de atuar digitalmente é a possibilidade de ultrapassar os limites geográficos. Isso significa que seu trabalho poderá alcançar pessoas de toda parte do Brasil, o que também aumenta as suas chances de formar um grande público e se tornar reconhecido na sua área de atuação. 

No entanto, se tornar reconhecido pelo que você faz não é uma tarefa tão fácil quanto parece, mas também não é impossível.

Para formar um público parental que acompanha o seu trabalho nas mídias sociais, é preciso muito empenho e dedicação.

Veja agora o passo a passo para organizar suas mídias sociais e se comunicar com gestantes.

 

1º Passo: Que gestante é essa? 

Condição sociodemográfica, emocional e social

Lembre-se: a experiência da gestante é individual. Isso significa que existem contextos diversos e histórias de vida totalmente diferentes dentro de cada processo gestacional. 

Dessa maneira, sua abordagem deve ser direcionada a um público específico e pré-determinado, pois não é possível atender a todo tipo de necessidade.

Assim, você precisa escolher seu público-alvo para criar e compartilhar conteúdos específicos nas suas mídias sociais. 

Entre os públicos a serem selecionados: puérperas, gestantes, mães de primeira viagem, mães em processo de adoção, mães solteiras, entre muitos outros.

Portanto, a comunicação nas mídias sociais deve ser assertiva, e não genérica.

O que ela gosta, consome, escuta e acompanha?

Este é outro filtro que pode ser utilizado para selecionar o seu público-alvo de preferência.

Tal reflexão serve para compreender qual é a necessidade da gestante e supri-la com os recursos que você tem a sua disposição. 

Quais são os fatores de risco e proteção que mais fazem parte deste público?

Os fatores de risco são a base do pré-natal psicológico. É de suma importância atuar preventivamente com as gestantes, de forma que as mudanças e desafios do processo gestacional não ocasionem um adoecimento psíquico na mulher.

Nas mídias sociais, você pode falar abertamente sobre esse assunto e dar informações sobre a depressão pós-parto, por exemplo. 

Outros fatores de risco incluem: falta de apoio social e emocional, estresse e ansiedade em excesso, histórico de episódios depressivos e/ou psicóticos, entre outros.

 

2° Passo: Psicoeducação para gestantes

Como atrair um público?

Fique atualizado sobre as tendências na sua área de atuação. Procure conteúdos que te inspirem e tente produzir a partir deles.

Também é importante utilizar uma linguagem que seja acessível a todos, evitando termos científicos e explicando tudo nos mínimos detalhes.

Além disso, conecte-se com seu público e mantenha-se aberto para contato. Divulgue seu telefone, e-mail e outras redes sociais em que você oferece seus serviços, assim você aumenta as possibilidades de conquistar um cliente.

Como reter um público?

Para fazer com que o público acompanhe seus conteúdos, publique com frequência e mantenha-se ativo nas redes sociais. 

Outra forma de reter audiência é assuntos de assuntos interessantes de forma aprofundada e consistente, pois ninguém vai querer acompanhar publicações superficiais e desnecessárias.

Nesse sentido, se aprofundar também significa produzir um conteúdo de qualidade para psicoeducar seu público de forma adequada.

Converse e descubra quais são assuntos mais desejados. 

O que ofertar?

No entanto, apenas produzir conteúdo não é suficiente. 

Encontre uma forma dinâmica para relacionar o conteúdo gratuito que você produz nas mídias sociais a cursos ou/e palestras que você pode oferecer online.

Essa é uma forma muito eficaz de rentabilizar o seu conhecimento sobre os desafios da parentalidade e perinatalidade. 

 

3º Passo: Linha editorial

Temas para trabalhar com este público

De maneira geral, é importante que os temas trabalhados se relacionem de forma coerente. Esse recurso faz com que o público fique mais interessado e consuma mais conteúdo.

Formatos

Antes de produzir o conteúdo em si, considere qual é o canal em que ele será transmitido, pois cada um possui um formato específico e funcionam de maneiras diferentes.

Alguns dos mais utilizados: Instagram, Facebook, Youtube, Blog, entre outros.

Explore ao máximo os recursos disponíveis em cada mídia social e seja criativo, pois você será reconhecido por isso.

Planejamento mensal das mídias

Faça um planejamento para organizar as suas publicações durante o mês. 

Criar uma regularidade nas postagens vai lhe ajudar a ter uma rotina, o que também aumentará a expectativa do público pelo seu conteúdo. 

Por isso é importante manter uma frequência, que deve ser seguida à risca, de acordo com os formatos e recursos de cada mídia social (stories, IGTV, live, vídeo, etc.)

 

4° Passo: Ferramentas

Primeiramente, é preciso decidir se você vai cuidar de tudo sozinho ou se será necessário contratar alguém para te ajudar. Você prefere investir seu tempo ou seu dinheiro?

Cuidar das redes sociais pode dar trabalho e demorar muito. Se você não tiver tempo ou conhecimento para administrar seus canais de comunicação, pode ser uma boa ideia terceirizar essa função.

Por outro lado, se você não tiver dinheiro para investir, dedique seu tempo para aprender como gerenciar seu conteúdo online da melhor forma possível.

Nesse caso, veja algumas das ferramentas que podem te ajudar a produzir e administrar conteúdo nas redes sociais:

Não sabe o que escrever?

  • Procure conteúdo de qualidade em grupos do Facebook, Whatsapp, babycenter, etc.
  • Consulte feedback de livros e entenda o que seu público deseja
  • Google Trends e Facebook Insights – essa é uma ferramenta para conhecer o seu público através dos termos que eles pesquisam 

Como fazer posts bonitos?

  • Utilize o Canva ou o Spark Post para adquirir templates prontos para serem personalizados 
  • Também é possível contratar freelancers para fazer templates de forma mais padronizada e harmônica. Contrate nas plataformas: Vinte pila, Workana ou 99freelas 

Como ser criativo e diferente?

  • Consuma o tipo de conteúdo que você deseja produzir
  • Faça um planejamento mensal de acordo com aquilo o que você deseja oferecer (publique temas que se relacionem com os cursos que você está oferecendo)
  • Não crie posts de última hora. Dedique um tempo exclusivo para produzir com calma.

Essas são alguns passos e ferramentas que você pode utilizar para começar sua atuação como profissional da parentalidade nos meios digitais.

 

Workshop de Psicoeducação

Para te ajudar a obter mais conhecimento nessa área, a Escola de Profissionais da Parentalidade também oferece o Workshop de Psicoeducação, no qual você aprenderá mais sobre técnicas e abordagens com gestantes para desenvolver sua psicoeducação de forma ética e respeitosa.

Saiba mais sobre o workshop clicando aqui.

 

Curso de Iniciação à Perinatalidade

A Escola de Profissionais da Parentalidade também oferece o curso de Iniciação à Perinatalidade, no qual você aprenderá mais sobre a gestação, o parto e o pós-parto para atuar com o público de gestantes, mães e puérperas.

Conheça o curso clicando aqui.

Guia de Ferramentas da Perinatalidade

Quer saber mais sobre como trabalhar com o público da parentalidade? Acesse agora o Guia de Ferramentas da Perinatalidade

Nesse guia, você vai encontrar um conteúdo exclusivamente produzido por três profissionais que são referência na abordagem parental e perinatal.

Alessandra Arrais, Bianca Amorim e Luciana Rocha reuniram e criaram 19 ferramentas para que você comece ou melhore sua atuação na área da perinatalidade.

Mais informações aqui.

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