É necessário reconhecer que a mulher sofre durante todo o desenvolvimento de sua maternidade – desde a gestação, quando o corpo feminino se transforma muito e constantemente, até o período puerpério, quando todo seu esforço mental e físico é exigido pela amamentação.
Mas essas são apenas algumas das situações que geram ansiedade na mulher durante e após a gestação.
Uma abordagem mais profissional deve considerar todas as possibilidades de adoecimento mental da mulher no período tão importante da maternidade, mas que também é marcado por mudanças drásticas e talvez inesperadas.
Saúde mental da mulher na gravidez
Nos atendimentos durante a gestação é muito comum que o profissional da parentalidade antecipe alguns acontecimentos que podem causar sofrimento à mulher.
Porém, é preciso tomar cuidado com a comunicação em todo esse processo, pois quando essa antecipação é feita de forma abrupta, ela pode gerar mais ansiedade e estresse à gestante, o que é desnecessário.
Para que isso não aconteça, o importante é sempre ouvir a paciente com atenção e fornecer recursos práticos, além de mostrar que qualquer tipo de problema pode ser discutido e que essa é uma das muitas formas de resolução.
Ouvir e acolher as necessidades da gestante
Diante de tanta transformação e novidade, é comum que a gestante se sinta incapaz de realizar o que será exigido de seu corpo e da sua capacidade emocional.
A família que a rodeia é essencial para fortalecê-la no processo de construção da sua maternidade. Portanto, essas pessoas também podem se beneficiar dos serviços de um profissional da parentalidade, o que inclui o atendimento a pais, avós, namorados e companheiros de todos os tipos.
Autorizar a mulher a sentir sua própria dor
Quanto aos sentimentos das gestantes, é recorrente (mas não deveria ser) que elas se sintam reprimidas em falar sobre o que sentem, pois, a sociedade sempre controlou os papéis sociais da mulher, principalmente sobre a maternidade.
Nesse sentido, o profissional da parentalidade deve sempre estar atento aos sinais de sofrimento que ela emite durante as consultas e não restringi-la de sentir sua própria dor.
É muito importante que ela seja direcionada a compreender seus sentimentos e, com o tempo, encontre o equilíbrio emocional que deve acompanhá-la durante toda a sua jornada.
Fique atento para alterações do sono e do humor
De qualquer forma, a ansiedade durante a gravidez é normal, mas o excesso dela pode causar mudanças no humor e no sono da gestante, o que afeta negativamente a qualidade de vida da mulher e pode trazer consequências no desenvolvimento do bebê.
O acompanhamento terapêutico com um profissional da parentalidade pode reduzir essa ansiedade.
Os tratamentos podem incluir o uso de técnicas cognitivo-comportamentais e técnicas de respiração, que são comprovadamente eficazes. Uma boa alimentação também é fundamental para que a gestante se mantenha física e mentalmente saudável.
Como me capacitar melhor para isso?
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