O que é parentalidade?

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O que é parentalidade?

 

Esse termo cada vez mais popular define, quando pensamos no contexto, quem está responsável pelo cuidado de uma criança para assegurar o seu melhor desenvolvimento.

Sempre gostamos de pensar nas diversas formas de família que temos hoje. A parentalidade vai sendo construída de maneira diferente. Não são só vínculos biológicos, mas sim afetivos.

Pode ser uma gestação planejada, adoção, avosidade. Todo carinho e cuidado para nossas crianças faz parte disso.

Muitas vezes temos um casal que vai gestar uma criança. Quando ela chega, outros três processos entram: maternidade, paternidade e a parentalidade. E a parentalidade não depende do casal estar junto. Acontece da mesma forma. Isso porque parentalidade é diferente de conjugalidade.

Como essas duas pessoas juntas vão criar a criança. A maternidade solo também entra. Nos convida a ter um novo olhar para isso. Todo o envolvimento e as responsabilidades na criação fazem parte da parentalidade. Nesse texto vamos aprofundar um pouco mais o tema.

 

Entendendo o que é parentalidade na prática

 

O cuidado e as responsabilidades com a criança deve ser dividido. Pois o exercício parental envolve todos os cuidados que são necessários para o bom desenvolvimento global da criança. Esses cuidados se referem à saúde física, psíquica, social, cognitiva, nutricional, emocional, entre tantas outras esferas que garantem a saúde no sentido mais amplo, preconizado pela Organização Mundial de Saúde. A parentalidade, portanto, vai além dos aspectos psicológicos e não é uma área de atenção exclusiva de nenhuma abordagem, mas de todos os profissionais que se interessam em prestar algum tipo de assistência à quem exercerá esse papel social.

Fisioterapeuta, terapeutas, enfermeiros, médicos, consultoras, doulas. Todos envolvidos com a realidade podem e devem contribuir com a promoção da saúde mental e prevenção dos adoecimentos e sofrimentos psíquicos e têm, portanto, sua responsabilidade.

Quando olhamos para a parentalidade, entendemos que é preciso estudar desde o início do ciclo gravídico-puerperal.  É nesse ciclo que o exercício parental começa a tomar forma, sendo, muitas vezes, influenciados pelas experiencias e modelos que são vividos ao longo da vida e à cultura social inserida no contexto. O campo de atuação para os profissionais da parentalidade é bem amplo. No curso de extensão para profissionais da parentalidade aprofundamos tudo isso.

A parentalidade diz respeito não somente a todos os que a exercerão, mas os que serão impactados por ela. É sobre o olhar para toda a família, que adquirirão novos papéis sociais e precisarão criar novos laços a partir desse novo lugar e configuração. É um conceito amplo, de fato.

A parentalidade não foca na criança, apenas, embora, não deixe de estar atenta para os impactos desse vínculo no desenvolvimento desse novo ser.

 

A importância e o vínculo na parentalidade

 

O vínculo construído a partir do exercício parental gera consequências para o desenvolvimento infantil e impacta a autoimagem e autopercepção de quem exerce tais funções. É com essa perspectiva que o profissional da parentalidade pode começar a atuar. E é, por isso, inclusive que a atuação do profissional da parentalidade não pode ser exclusiva de uma única abordagem teórica ou de uma ciência única. É uma atuação interdisciplinar em que todos se coresponsabilizam pela saúde mental e emocional de quem desempenha os papéis parentais. A atenção com a saúde mental não é exclusividade de uma ciência, mas responsabilidade de todos os que prestam algum serviço ou assistência às gestantes, mães, pais, avós e famílias.

Todos os que cuidam da criança devem ser assistidos e receberem cuidados para que possam preservar uma saúde mental a fim de contribuir com o desenvolvimento saudável dessa criança. Os medos, fragilidades, traumas, crenças e valores que cada cuidador carrega refletirá no exercício parental e se não for cuidado pode impactar nesse desenvolvimento infantil.

 

A parentalidade acontece o tempo todo

 

A parentalidade está presente em todos os âmbitos da vida e não somente na relação com as crianças. Os adultos de hoje foram crianças antes e carregam os impactos dessas relações desde então. A constituição subjetiva, o sentimento de pertença, o reconhecimento sobre si, a percepção construída sobre o seu lugar nas relações e papéis sociais são atravessados pela parentalidade que foi exercida em algum momento.

Ao se atender alguém que exerce algum papel parental é preciso ter um entendimento do todo, das implicações sociais, culturais e teóricas que contribuem, ou não, para o desempenho desse papel. Porém, é fundamental reconhecer as particularidades de cada um. Cada indivíduo é único em sua forma, em sua essência e na forma como se relaciona socialmente. 

O fundamental no trabalho do profissional da parentalidade não é uma fórmula sobre o que fazer, mas o entendimento sobre os impactos biopsicossocias que a parentalidade imputa e, principalmente, a sensibilidade para respeitar as individualidades e a empatia para escutar com interesse a demanda e a partir daí a oferta de algo para ajudar essa nova família. Essa é a base para o protocolo de atuação do profissional da parentalidade.

 

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