O risco de contaminação pelo novo coronavírus e isolamento social fizeram com que muitas gestantes procurassem mais informações sobre os partos domiciliares.
Desta forma, muitas delas estão optando por realizar os partos em casa, junto da família e longe dos hospitais.
A pandemia trouxe para o mundo e para as grávidas a insegurança. Além do risco de contaminação, muitos hospitais estão com restrição de entrada para visitantes. Por outro lado, há também o medo de que o sistema hospitalar entre em colapso diante do grande volume de doentes, com falta de médicos, enfermeiros, equipamentos e leitos.
Assim, o número de partos domiciliares aumentou durante a Pandemia, não só no Brasil. Apesar de permitidos, esse método ainda não é incentivado com frequência por equipes médicas.
Segundo informações do grupo de apoio ao parto em São Paulo, ComMadre, a procura pelo parto em casa cresceu cerca de quatro vezes nas últimas semanas.
Não funciona para todas as gestantes
Certamente, o parto domiciliar durante a Pandemia se mostra uma prática segura, por evitar a presença da gestante e bebê nos hospital. No entanto, é preciso cuidado e preparo, antes de decidir ter um filho em casa.
Parteiras ressaltam que mudanças de última hora são arriscadas e que o parto domiciliar costuma exigir preparação e planejamento de toda uma equipe multidisciplinar. Além disso, nem todas as gestantes são aptas ao método.
O parto domiciliar é acompanhado por duas enfermeiras obstetras ou obstetrizes e envolve equipamentos específicos para garantir que, em caso de problema, possam ser tomadas medidas emergenciais. É essencial que os profissionais que vão atender o parto em casa sejam treinadas e equipadas.
Custos de um parto domiciliar
Apesar de parecer mais seguro por conta do risco de contaminação, o parto domiciliar ainda tem um custo elevado. Geralmente o acompanhamento de uma equipe formada por parteiras ou enfermeiras obstétricas podem variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil, ou mais. Sendo assim, exige ainda mais um planejamento antecipado.
Gestantes e a Covid-19
Não podemos negar que a ansiedade das grávidas é agravada pelo fato de que ainda há muitas dúvidas sobre o impacto da Covid-19 em gestantes e em recém-nascidos.
No entanto, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), ainda não há evidências de que grávidas tenham risco mais alto que o resto da população, mas os estudos até agora são limitados, apesar de estarem incluídas no grupo de riscos. Inclusive, a orientação é para que mães que tenha se contaminado com a Covid-19 continuem amamentando, se quiserem.
Portanto, neste momento é essencial dar apoio aos pais que estão esperando um bebê, pois é um momento de grandes incertezas e todos estamos inseguros.