A saúde mental na maternidade sempre se depara com um imaginário coletivo que infelizmente muitas pessoas compartilham: todos devem estar felizes e positivos o tempo todo.
Quando internalizada, essa máxima provoca o uso da palavra “emocional” como sinônimo de “mental” para amenizar uma conotação supostamente pejorativa desse último termo. Mas a verdade é que o equilíbrio emocional é sustentado pela saúde mental, ou seja, os dois termos se relacionam, mas não significam a mesma coisa.
Como consequência desse preconceito, se tornou comum procurar ajuda somente quando os sintomas de uma doença se manifestam no corpo ou interferem diretamente na vida da pessoa.
No entanto, quando se fala em saúde mental, o ideal é sempre ter um acompanhamento profissional, visto que o atendimento preventivo visa desenvolver a inteligência emocional do indivíduo para que ele saiba lidar com os enfrentamentos e adversidades do seu dia a dia, bem como nas diferentes fases da vida, como a maternidade.
A diferença entre saber e prevenir a saúde mental de fato
Quando se fala em prevenção, de um modo geral, também é importante lembrar que ela começa por uma escolha individual.
Para que uma mulher opte por ter um acompanhamento profissional durante e após a gestação, ela precisa não só saber que existe uma rede de apoio para ela, mas também se sentir acolhida para se expressar e enfrentar seus próprios desafios.
Um dos principais problemas é que na maioria das vezes esse discurso não chega a todas as mulheres, e quando chega, acaba tendo um efeito contrário, afastando a gestante pelo estresse sobre os problemas reais que ela vai enfrentar durante sua gravidez.
Mas a solução para o acolhimento ideal dessa mulher é antecipar os problemas junto a ela e, ao mesmo tempo, fornecer recursos para solucionar cada um deles ou pelo menos mostrar outro ponto de vista sobre a situação.
Prevenção com mulheres durante a gestação e o desenvolvimento da saúde mental materna
Embora a vinda de uma criança seja um momento muito significativo, é preciso admitir explicitamente que ele também é marcado pela dor, principalmente, da mulher que protagoniza todo o processo.
Portanto, um dos papéis do profissional da parentalidade é sensibilizar as famílias, e até a si mesmo, para que a sociedade como um todo passe a reconhecer que a maternidade não é fácil e pode causar sofrimentos.
Se comunicar é essencial para prevenir a saúde mental na maternidade
Assim, o atendimento preventivo não se caracteriza por problemas e soluções simples. Uma maneira de se aprofundar e conhecer realmente os problemas enfrentados durante e após a gestação é ouvir relatos de quem já passou por esse processo e absorver o máximo de informação possível.
As puérperas, por exemplo, são mulheres que estão no período inicial do pós-parto, quando é colocada em prática toda a preparação desenvolvida no atendimento preventivo durante a gestação.
Cabe ao profissional da parentalidade com foco na saúde mental na maternidade ser dinâmico ao analisar junto às puérperas o que funcionou ou não durante sua jornada individual e melhorar sua abordagem preventiva direcionada a outras gestantes.
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