A gravidez traz uma mistura de sentimentos, e, mesmo que se tenha a ideia de que se carregar uma vida é maravilhoso, é preciso aceitar que nem sempre todos os sentimentos serão bons.
Como profissionais da parentalidade que atuam com gestantes, fazer esse alerta é fundamental.
E com sua paciente/cliente é importante mostrar que ela não está sozinha. A gestação traz preocupações. E precisamos indicar o quão comum é ter essas preocupações, especialmente, durante a primeira gravidez de uma mulher ou em uma gravidez não planejada.
Soma-se a isso um cenário recorrente de mulheres que passam pela gestação com mais dificuldades, por estarem lidando com depressão ou ansiedade, tão comuns em nossa sociedade.
O fundamental é mostrar que é preciso saber pedir ajuda
São diversos os sentimentos que podem acontecer. Mudanças de humor são normais durante a gravidez, mas fica o alerta de que se a gestante se sentir nervosa ou deprimida o tempo todo, ou a grande parte do tempo, isto pode ser um sinal de que algo mais profundo está acontecendo.
O estresse por estar grávida, as mudanças no corpo durante a gravidez e as preocupações do dia a dia podem cobrar seu preço. Nem tudo são flores na gestação.
Depressão pode vir disfarçada de cansaço, desânimo ou irritabilidade por semanas ou meses.
A ansiedade pode vir disfarçada de preocupação, descontrole ou medo sobre coisas que podem acontecer, sobre a educação que dará, sobre o fato de não ser uma boa mãe ou de não ter dinheiro para criar um bebê.
Como direcionar mães assim
E para minimizar esse cenário, vale alerta e ação.
Foi assim que surgiu a campanha Janeiro Branco, que põe em várias mídias a importância dos cuidados com a saúde mental e nos faz ter essa reflexão mediante inúmeras ações no mês.
Vale indicar a conversa (com familiares e amigos), a terapia (com profissional capacitado) ou ainda o pacto que cada mãe deve fazer consigo (autocuidado e auto respeito). É necessário aproximar-se das limitações e fragilidades, e afastar-se das expectativas fantasiosas.
É assim que direcionamos mães, gestantes e tentantes para a trilha de caminhar em uma maternidade mais leve e possível.
Afinal, ser mãe é lindo, mas também é trabalhoso. Essa é a Maternidade Possível.
A aproximação de si leva a conexão com o bebê
Levar a mãe à se reconhecer nesse contexto, a possibilita de fazer uma conexão maior com esse ser que está chegando. Possibilitará ainda que mãe e bebê se preparem para essa jornada desde a gestação.
Essa conexão também pode deixar essa mãe aberta para preocupações relevantes, dando o devido lugar e parcela a cada uma das preocupações dessa fase.
Mas aqui fica um aviso: fazer as pessoas abrirem os olhos para isso também é seu papel, enquanto Profissional da Parentalidade. O discurso da gestante que não compreende a importância do Pré-Natal Psicológico tem sentido quando também não nos dispomos a mostrar caminhos a esse público.
O profissional da parentalidade e os cuidados com a saúde mental da gestante
A gravidez e puerpério já são períodos reconhecidamente desafiadores e é aqui que precisamos nos pôr em ação.
Mostrar como lidar com as emoções; direcionar como o preparo psicológico pode ajudar a lidar com situações dessa fase da vida; mostrar como ficam os papéis familiares no contexto da gestação; e, ainda, em como uma criança cuidada por pais que sabem como lidar com essas questões pode se desenvolver, são apenas alguns dos caminhos que o Profissional da Parentalidade pode seguir.
Fazer atendimentos individuais ou em grupos, aplicando o Modelo Arrais de Pré-Natal Psicológico, também é uma frente interessante de atuação preventiva.
Falar sobre a importância do seu trabalho é fundamental para ajudar na desconstrução da maternidade idealizada. Por exemplo, que tal mostrar os dados que indicam a prevenção de doenças como depressão pós parto? Explicar esses dados, os riscos, a importância da prevenção, pode ajudar na divulgação do seu trabalho, caso você já tenha se capacitado para aplicar o PNP.
Resumindo, então, se você quer atuar apoiando a prevenção e os cuidados com a saúde mental das gestantes, anote esses 3 pontos:
- Reconheça as dificuldades e possíveis adoecimentos típicos do ciclo gravídico-puerperal. Não os menospreze e fale sobre isso.
- Ajude as gestantes a se prepararem para uma Maternidade Possível. Ajudá-las a priorizarem as necessidades e desejos pode ajudar bastante.
- Atue preventivamente, aplicando um método de Pré-Natal Psicológico, validado cientificamente.
Quer conhecer mais sobre as nuances do atendimento à gestante e a metodologia do Pré-natal Psicológico?
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