Como ajudar quem vive a dor da perda gestacional

Escola da Parentalidade

Só quem passou pela perda de um bebê ainda na gestação, sabe a extensão desta dor. Se você está do outro lado, ou seja, se sua função possibilita dar suporte a essa mulher que se tornou mãe de anjo, continue lendo o texto para receber aconselhamentos e instruções que podem minimizar os sentimentos negativos.

Empatia e acolhimento

Somente é possível dimensionar a perda de um bebê muito esperado, a mulher que passou por essa triste situação. É comum que ela se sinta angustiada, que procure respostas que justifiquem o acontecido.

Muitos profissionais, sem saber realmente o que dizer às mulheres que sofreram perda gestacional, acabam oferecendo frases pré-fabricadas, para tentar consolar a mulher que não permaneceu mãe naquele momento.

Seu comportamento não está totalmente equivocado, mas a instrução ideal é ouvir o que a mulher tem a dizer, se colocar no lugar dela e acolhê-la, para que ela saiba que sua dor realmente é sentida, e que você não está ali apenas porque é a sua obrigação, o seu trabalho.

Os familiares muitas vezes não sabem como lidar com esse momento tão delicado, até porque a perda também os envolveu, causando angústia e sofrimento, então eles preferem se calar, evitar tocar no assunto com a mulher. Portanto, acolhê-la, mostrar-se disposta a escutar o que ela tem a dizer, já é fazer bastante.

Espaço é necessário

Contudo, esse suporte não deve ser forçado. Em um primeiro momento, a mulher que sofreu a perda gestacional pode realmente querer ficar sozinha. É preciso respeitá-la, fornecer o tempo e o espaço requisitados por ela, mas mostrando sua solicitude, sua disposição em ajudar a qualquer momento.

Profissionais da parentalidade podem se mostrar presentes, mesmo quando estão ausentes. Isto é, a mulher sabe que pode realmente contar com eles, quando ela necessitar. É uma forma de consolo saber que ela não está sozinha, mesmo que o espaço físico do momento mostre isso.

Aconselhamento com semelhantes

Além da sua ajuda, os profissionais podem indicar a participação em grupos de aconselhamento ou de apoio. A perda gestacional é uma situação comum, e você sabe que a palavra tem poder de cura. Portanto, recomendam-se os grupos porque neles elas não irão somente para desabafar, mas também para ouvir casos semelhantes.

Algumas mulheres podem ser contra os grupos de apoio, em um primeiro momento, mas você pode orientá-las que elas poderão sair de lá se sentindo mais leves, afinal, saber que você não está sozinha, e que alguém passou por essa mesma situação e está em processo de cura, traz conforto. A mulher não se sente mais tão sozinha, já que ela sente empatia por outras mulheres que passaram por situação semelhante à sua. Depois, ela passa a acolher também mulheres que estão vivendo dores semelhantes. Pode ser valioso.

Vivência do luto

Desabafar, ouvir, falar, ter suporte, essas todas são situações comuns relacionadas a quem perdeu um bebê ainda na gestação e das quais já falamos acima. Agora falaremos sobre o luto.

A mulher precisa entender que não é errado ela chorar, ela se mostrar triste e com uma variedade de sentimentos negativos. Afinal, ela amou essa criança desde o momento em que soube que estava grávida, criou expectativas e planejou mudanças que não se concretizaram. É necessário que ela tenha vivência do luto.

Profissionais da parentalidade podem e devem orientar essas mulheres, explicando que elas precisam viver este período como se fosse a morte de qualquer ente querido perdido. É delas a decisão de ter ou não contato com o bebê morto, de providenciarem as questões relacionadas ao seu sepultamento, mas você pode aconselhá-las que choro e sentimentos de frustração e revolta são aceitáveis por conta do que ela passou. Que não é errado chorar.

A partir da aceitação dos seus sentimentos, do momento em que ela colocará seus sentimentos à mostra, seu processo de cura começará.

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