Pandemia; Como apoiar os pais de primeira viagem?

Escola da Parentalidade

Muita coisa não saiu conforme planejado para as mães e os pais nesta Pandemia, não é mesmo?
As duas palavras que mais aparecem, diante deste cenário, são medo e ansiedade.
As famílias estão desorganizadas, sofrendo muito, se sentindo muito ameaçadas pelo vírus Covid-19, com medo, preocupadas com o país. No entanto, em meio a tudo isso, veio a chegada do bebê.
Sendo assim, é fundamental sabermos todos apoiar os pais de primeira viagem. Uma dessas formas de apoio é o acolhimento e fornecimento de informações seguras.

Como ficam as mães na Pandemia?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou pandemia do novo coronavírus e mudou os protocolos de orientação de como tratar os casos de infecção. Assim, surgiram inúmeras dúvidas, entre mulheres que estão gestantes, atravessando o período de pós-parto ou amamentando seus bebês.

Apesar de ser um vírus com alta capacidade de disseminação, cerca de 80% dos casos de contaminação, os sintomas aparecem de forma leve, na maioria dos casos. Menos de 5% dos casos evoluem para um quadro grave. Mas, são 5% que fazem muita diferença na nossa relação com o vírus e o enfrentamento dessa doença. São 5% que importam, que tiram o nosso sono e a nossa mobilidade. São 5% significantes, importantes e preocupantes.

Em virtude disso, muitas mães de primeira viagem têm dúvidas quanto a amamentação e cuidados com o bebê e como será o parto nesse período.
Os desafios se tornaram bem maiores, podendo o estresse desse período afetar a rotina, a alimentação e a amamentação.

Os partos durante a Pandemia

Primeiramente, ter coronavírus não significa ter que fazer cesárea. A recomendação para as mães que já tiveram seus filhos por parto normal ou cesariana é que fiquem em um quarto isolado, sendo acompanhada apenas por uma pessoa da família. Se antes era especial e aconchegante receber visitas, neste momento não é indicado e seguro.
Não é recomendada a troca de acompanhante. Em alguns casos, quando o alojamento da puérpera e de seu bebê acontece em enfermarias ou em quartos coletivos, a orientação é de suspensão do acompanhante.

O objetivo é evitar a aglomeração, visto que muitos espaços não comportam todos os presentes, garantindo o distanciamento necessário entre eles. Vale verificar as condutas adotadas pela instituição onde a gestante pretende ganhar bebê para se preparar para esse momento.

Quando corre tudo bem, a paciente poderá receber alta após 24 horas de parto normal e 36 horas após cesárea. Além disso, as consultas, tanto anteriores ao parto, quanto posteriores, devem ser realizadas normalmente. Diante disso, deve-se ter todo cuidados com a utilização de máscaras e higienização das mãos e objetos.
Pode acontecer de alguns exames ou consultas consideradas não essenciais, serem desmarcadas. Isso ocorre para ajudar que a essa gestante saia de casa o mínimo possível e não se coloque em situações potencialmente de risco. Outras consultas, podem acontecer de forma online, a depender da especificidade do atendimento e do caso de cada mulher.

Amamentação durante a Pandemia

Não é proibido amamentar o bebê. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia publicou uma nota destacando que os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus através do leite materno.
Além disso, é recomendado que as mulheres portadoras do Covid-19 que desejam amamentar, devem ser estimuladas a fazê-lo.
Ainda não há evidência científica robusta publicada que aponte transmissão do coronavírus e a amamentação. Pela escassez de evidências científicas, não existe consenso em relação à recomendação sobre amamentação, para mães portadoras ou sob investigação do Covid-19.
A amamentação confere proteção contra muitas doenças e que existem raras exceções em que a amamentação não é recomendada. Uma vez que a mãe seja esclarecida e esteja de acordo, é ideal que seja praticado o aleitamento materno com as precauções necessárias: uso de máscara pela lactante e lavagem de mãos antes das mamadas. Inclusive se ela estiver contaminada por Covid-19.

Cuidados na hora de amamentar

Segundo orientações do Ministério da Saúde, o aleitamento é importante desde que a mãe deseje amamentar e esteja em condições clínicas adequadas para fazê-lo. Caso a mulher não se sinta segura em amamentar enquanto estiver com Covid-19, recomenda-se que seu leite seja retirado e ofertado à criança.
São recomendadas ainda as seguintes precauções, tendo em vista que a mãe infectada pode transmitir o vírus através de gotículas respiratórias durante o contato com a criança, incluindo a amamentação.
Ela deve lavar as mãos por pelo menos 20 segundos antes de tocar o bebê ou antes de retirar o leite materno (extração manual ou na bomba extratora). Usar máscara facial (cobrindo completamente nariz e boca) durante as mamadas e evitar falar ou tossir durante a amamentação. A máscara deve ser imediatamente trocada em caso de tosse ou espirro ou a cada nova mamada. 

Atenção à Saúde mental

Os adultos também têm sofrido muito nesses últimos meses, devido ao isolamento social. Inclusive os pais de primeira viagem que estão ansiosos com a chegada do bebê e estão em isolamento social.
Primeiramente, estamos sendo bombardeados o tempo todo com notícias sobre o coronavírus na TV, jornais, internet, redes sociais.
É preciso filtrar essas informações e fazer buscas em fontes fidedignas, concentrando a leitura em apenas um momento do dia. Mais do que isso pode gerar um estresse desnecessário.
Manter o contato com familiares e amigos, mesmo que por telefone e videochamada, pode ajudar muito a melhorar o humor e reduzir a ansiedade.
Além disso, utilizar musicoterapia também pode ser uma boa forma da futura mamãe relaxar. Se estiver em fase de de amamentação as músicas tornam o momento ainda mais acolhedor.
Existem diversas playlist disponíveis nas plataformas digitais que podem acalmar o ambiente e até melhorar o sono.

Busque ajuda profissional

No entanto, quando a ansiedade ou mesmo sintomas depressivos aparecem, é importante dar atenção à eles. Nem sempre é possível controlar crises de ansiedade sozinho, mas entender o gatilho que causou pode ajudar e evitar outros episódios.
Apesar de todo diálogo em casa, parceria, práticas saudáveis, o lado emocional pode não dar conta de tanto “estresse”. Afinal, o mundo lá fora está caótico e há um bebê frágil necessitando de cuidados em casa ou prestes a chegar.
Momentos de choro podem ser frequentes, sensação de falta de ar, sonolência excessiva ou até insônia podem estar atrapalhando a qualidade de vida.
Sendo assim, a busca por auxílio profissional, através de terapias, pode ser uma ótima alternativa
Mas, as terapias nesses últimos meses estão sendo realizadas virtualmente, através de aplicativos, telefone ou Skype.
É importante ressaltar, que todos os psicólogos e terapeutas estão aptos a esse tipo de atendimento e apoio. As plataformas usadas também são seguras.

Se você sentir necessidade de apoio para superar essa fase, existem excelentes profissionais aguardando para lhe atender.

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