Leia o artigo abaixo e entenda o que são crenças limitantes e como elas podem fazer com que sua carreira como profissional da parentalidade fique estagnada. Veja também as consequências desse pensamento e como desconstruir certas concepções comuns às áreas da perinatalidade e parentalidade.
O que são crenças limitantes?
Crenças limitantes são pensamentos aceitos como verdades absolutas. Eles podem parecer um estímulo, mas na verdade são responsáveis por estagnar e impedir a sua evolução pessoal e profissional.
Essa forma de raciocínio pode ocorrer inconscientemente e impor uma zona de conforto, o que lhe impede de assumir riscos e tentar algo novo. É uma falsa sensação de segurança que afeta negativamente a produtividade e a imaginação, levando a pessoa a desacreditar na possibilidade de alcançar seus objetivos.
Para superar esse impedimento, é preciso identificar quais são os pensamentos negativos que mais lhe atrapalham e desenvolver a inteligência emocional para combatê-los. A prática da reflexão pode ser fundamental para atingir o autoconhecimento necessário para evoluir pessoal e profissionalmente.
Veja a seguir algumas das principais crenças limitantes que podem atrapalhar a sua carreira como profissional da parentalidade e como se livrar delas.
“Estudar exaustivamente, pois um bom profissional da parentalidade deve saber de tudo”
Em geral, os profissionais da saúde são responsáveis por cuidar do próximo e essa é uma responsabilidade imensa.
Como um fardo a ser carregado, isso pode causar uma falsa noção de que é preciso conhecer tudo o que já foi publicado e produzido cientificamente para se desenvolver e atuar de forma adequada em sua função.
Mas, na realidade, não é possível ter plena compreensão da infinidade de temas que surgem dia após dia – e é por isso que existem especialistas e atualizações.
Além disso, a produção científica é contínua, o que significa que talvez você não tenha o tempo necessário para acompanhar todas as novidades da sua área de conhecimento.
Ou seja, se você ficar o tempo todo estudando, não terá tempo de colocar seu conhecimento em prática!
No entanto, isso não significa que você não precisa estudar. É de suma importância estar sempre atualizado e se dedicar ao máximo para consumir conteúdos que possam melhorar a sua atuação como profissional da parentalidade, visto que o embasamento teórico deve ser a base de todo e qualquer atendimento com o público parental.
“Só vou atuar profissionalmente quando tiver um diploma”
Como um adendo à primeira crença limitante, também é comum encontrar profissionais da parentalidade que não têm confiança para atuar com o público porque não possuem um diploma de psicologia ou uma pós-graduação na área. O mesmo vale para profissionais de outras áreas.
Porém, vale lembrar que a educação formal, principalmente em uma pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), só é essencial e pré-requisito se seu objetivo é tornar-se um pesquisador e/ou professor universitário.
Além disso, você pode produzir e oferecer e-books e cursos online enquanto ainda for um estudante que pretende atuar futuramente com a perinatalidade e a parentalidade. Essa é uma forma de rentabilizar seu conhecimento e iniciar sua carreira como profissional da parentalidade.
No entanto, nunca divulgue ou ofereça seus serviços como profissional se você ainda não estiver habilitado para atuar no atendimento direto com o público.
De qualquer forma, o que realmente importa é encontrar sua maneira preferida de obter conhecimento e encontrar maneiras de aplicá-lo na prática para desempenhar a sua função adequadamente.
“A psicologia clínica é o único caminho para a atuar com a perinatalidade e parentalidade”
Essa é uma crença comum para profissionais em transição de carreira ou psicólogos em mudança de nicho. Isso ocorre basicamente porque a perinatalidade envolve uma abordagem fisiológica da gestação, compreendida fundamentalmente pelo atendimento pré-natal tradicional: clínico e individual. Nesse sentido, ao pensarmos no cuidado dos aspectos socioemocionais da gestante é comum transferirmos esse conceito, amplamente difundido, para a nossa prática, o trazendo para o contexto clínico-psicológico.
A compreensão fisiológica é muito importante quando se atua diretamente com gestantes porque as mudanças no corpo da mulher afetam suas emoções e relações sociais. Portanto, é fundamental entender e estudar a fisiologia da gestação para compreender como ocorre o desenvolvimento do corpo feminino durante e após a gestação.
Mas, ao contrário do que se pensa, existem muitas formas de atuar como um psicólogo nas áreas da perinatalidade e da parentalidade, pois existem diversas abordagens da psicologia que podem beneficiar a atuação do profissional da parentalidade – arteterapia, terapia cognitivo-comportamental (TCC), gestalt-terapia, psicodrama, psicanálise, terapia do esquema, entre muitos outros modelos teóricos e técnicas de psicoterapia. Além disso, a psicologia não é mais uma ciência que se limita ao consultório, podendo, portanto, estar em diversos contextos onde as gestantes estão, como, por exemplo, os hospitais, as empresas, as comunidades, os serviços de assistência social, as igrejas e tantos outros espaços onde podemos levar o nosso olhar e cuidado e nos aproximarmos das gestantes e suas famílias.
Além do mais, os psicólogos não são os únicos que atendem diretamente o público parental – clínicos gerais, doulas, consultores da amamentação e do sono, nutricionistas, enfermeiros, ginecologistas, e assim por diante, também desempenham uma função relevante e necessária no processo de evolução da gestante e sua família. Fazer parcerias é também sempre uma boa opção para expandir as possibilidades de atuação.
Em todo o caso, encontre a sua forma individual e personalizada de atuar. Crie sua própria metodologia e não se prenda somente ao que já está sendo feito – pense fora da caixa. Mas lembre-se de atuar eticamente e se apoiar em um embasamento teórico específico.
“Ser um profissional da parentalidade é fácil”
Ser um profissional da parentalidade significa cumprir um grande dever – estar atento à saúde mental da gestante e sua família. Isso implica diretamente nos papéis sociais e na desconstrução de mitos que estruturam as relações familiares, principalmente, no desenvolvimento da maternidade e da paternidade.
Além de toda essa responsabilidade, é preciso muita dedicação nos estudos, o que requer grandes investimentos de tempo e dinheiro.
Por outro lado, vale lembrar que todo esforço é recompensado – se você estiver bem preparado, o seu público será melhor atendido e recomendará seus serviços cada vez mais.
“Os profissionais que atuam com um mesmo público parental são concorrentes”
Não é possível dar conta de tudo sozinho. O público da parentalidade aumenta cada vez mais, o que aumenta também a demanda de mais profissionais envolvidos no atendimento, garantindo assim uma abordagem mais ampla.
Portanto, os profissionais da parentalidade devem estar em comunidade e somar esforços. O trabalho em conjunto é uma forma de alcançar o grande público e atrair cada vez mais famílias para o atendimento.
Muitas gestantes ainda não conhecem a psicologia perinatal e o pré-natal psicológico – cabe aos profissionais alcançarem o público desejado.
Vale lembrar que, assim como o público parental, os profissionais da parentalidade podem se beneficiar de redes de apoio. A troca de experiências e a conversa com pessoas que passam pelas mesmas situações que você pode ser essencial para regular e melhorar o desempenho da sua função.
Além disso, parcerias com outros profissionais podem te levar longe. Seus serviços podem ser recomendados por médicos, obstetras, doulas – e você também pode indicá-los para seu público, como uma troca de favores.
Enfim, todo profissional da parentalidade deve partilhar do mesmo propósito – cuidar da saúde mental de gestantes e suas famílias. E esse é um trabalho a ser feito em conjunto.
“O sucesso virá com o tempo”
O sucesso é fruto do esforço, não da espera, pois a expectativa não te levará a lugar nenhum. É preciso agir, estar ativo e fazer acontecer. Assim, a persistência é mais importante.
Hoje em dia, produzir conteúdo de qualidade em mídias sociais e buscar novas formas de se comunicar com o público são as melhores formas de alcançar o sucesso – ninguém vai procurar pelos seus serviços se você não os oferecer.
Além disso, é preciso ter confiança na sua atuação e mostrar que o seu conhecimento pode ser transformador. Exponha-se e acredite em si mesmo. Essa também é uma forma de atrair mais público.
Iniciar uma carreira como profissional da parentalidade pode ser difícil, mas saiba que não é impossível. Basta seguir as dicas acima e muitas portas se abrirão para você.
Alguns cursos e certificações da Escola de Profissionais da Parentalidade podem te auxiliar nessa jornada.
“Profissional da Parentalidade trabalha com a melhor fase da vida: atender gestantes é trabalhar somente com alegria”.
A gestação é uma fase da incrível! É encantador, é intrigante ver uma vida gestar outra.
No entanto, é preciso por os pés no chão, pois a gestação pode envolver inúmeras situações e nuances.
Por exemplo, o profissional da parentalidade precisa estar atento às perdas inerentes do maternar, aos lutos (simbólicos, mas também reais).
Precisa ainda saber lidar com as perdas perinatais, intercorrências no ciclo gravídico-puerperal. Essa é uma fase em que aumentam as chances de adoecimentos psíquicos. Isso sem falar nas questões que envolvem a violências sofridas.
São muitas as situações e, por vezes, as dificuldades e dores. Não são somente alegrias e flores o fato de ter um bebê nos braços. É preciso estar atento a isso.
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